kingslayer.

an independent &&. private &&. selective portrayal of gabriel hwang from jordaan ville. 2000's chaos.

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biography.

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dossier.

personality.

a primeira impressão que gabriel passa, quando se trata de aparência, é de uma pessoa fria e distante. bom, pelo menos é o que dizem até ele abrir a boca. a realidade é um pouco diferente. ele é cativante, capaz de iluminar qualquer sala com suas conversas sem pé nem cabeça e riso contagiante. as lâmpadas que se cuidem, porque ele não precisa nem se esforçar. ele é divertido, brincalhão e gosta de se autodenominar como extremamente filosófico. dizem as boas línguas que ele sabe contar uma história como ninguém, fundindo física quântica com literatura e cultura pop. ele jura de pé junto que consegue fazer isso soar interessante, mas os papos chegam a beirar a brisa. o motivo dele achar que sabe conversar sobre tudo é que ele está sempre interessado em absolutamente tudo. seu espírito é alimentado pelo conhecimento. por isso ele se diz especialista em bem… qualquer coisa.claro que ele tem que se lembrar de manter sua língua sob controle. embora julgue saber de muito, não sabe de tudo e se não for cuidadoso, pode soar pretensioso ou arrogante. infelizmente, não existe um filtro tamanho gabe. nos seus piores dias, acaba não filtrando também as coisas ruins que pensa, acabando por falar merda para amigos. ele leva a sério o ditado “o santo não bateu” e acredita fielmente em sua intuição. vai defender o seu ponto de vista até o final. agora meu amigo, não compre uma briga com ele que mesmo errado, ele vai arrumar um jeito de se provar certo. pelo menos enquanto estiver com o modo raivinha ativado. mas olha, te garanto que ninguém vai se preocupar mais e te tratar tão bem quanto ele porque se tem uma coisa que ele sabe, é valorizar as pessoas que estão com ele. o hwang gosta de gente que olha no olho, que conversa com sorrisos e que sabe aproveitar cada pedacinho da vida.

habilities.

Umbracinese — Inicialmente, assim como seu pai, usa as sombras para se locomover. Os filhos de Thanatos têm a mesma habilidade obscura e conseguem atravessar distâncias 8 km se estiverem usando apenas esse poder. Também controlam as sombras apenas como uma barreira de defesa ao se camuflarem nelas. Com o passar do tempo, é capaz de manipular e criar as sombras como bem entender, usando de defesa ou como armas poderosas com ataques físicos enquanto se camufla nas mesmas. A viagem nas sombras se torna mais eficiente visto que as distâncias não tem um limite específico, apenas a energia dos semideuses costuma se limitar a 40 km.Necromancia — Inicialmente, consegue pressentir as almas que morreram no local onde está e, se essas não sumiram nos Campos Asfódelos, podem se comunicar de volta e até mesmo auxiliar o filho de Thanatos em situações específicas em que a alma não precise se materializar para tal. Com o passar do tempo, as almas se tornam suas aliadas em um campo de batalha e tem o poder de invocar até mesmo as almas que foram sentenciadas ao sofrimento eterno no Tártaro as tornando ainda mais cruéis quando necessário. Pode carregar consigo um grupo de almas perdidas e também pode pressentir quando a morte de outra pessoa está próxima.Visão da morte — Inicialmente, as proles de Thanatos são sensitivas à morte, muitas vezes podendo pressentir quando algo fatal vai acontecer. Além disso, podem facilmente enxergar almas perdidas que vagam pela terra, podendo se comunicar com elas. Com o passar do tempo, sua sensibilidade cresce em um nível que se torna capaz de descobrir o tempo de vida de alguém ao tocar na pessoa. Se for um toque prolongado, além do tempo, descobre o dia e a causa da morte. Sua comunicação com as almas se torna mais forte, tendo as mesmas como aliadas que escutam seu chamado, auxiliando no que precisar.(🔒) Asas de Thanatos — Inicialmente, a prole de Thanatos é capaz de manifestar asas negras e obscuras que saem direto de suas costas. Estas asas lhe permitem voar numa velocidade de 250 km/h ela também garante a prole uma adaptação contra a claridade que ofusca os olhos das pessoas em dias claros, seus pulmões também são adaptados para voar. Essas asas possuem uma durabilidade e resistência comparada ao fogo, o que lhe permite realizar algumas proezas quando necessário. Com o passar do tempo, suas asas agora são tão resistentes quanto o aço. Sua velocidade chega a 350 Km/h, sendo capaz de disparar penas escuras em seus adversários. Quando elas entram em contato com a pele da vítima, ela entrará em um estado de queimadura da pele além de também poder perfurar a pele da pessoa, caso não seja resistente.(🔒) Arma da Morte — Inicialmente, o filho de Thanatos quando estiver em posse de sua foice, poderá transferir um pouco de sua aura mortífera para sua arma onde a tornará mais forte. Isso permite que ele sempre a convoque onde quer que esteja ou apareça onde ele estiver. Sua arma tem uma resistência e durabilidade semelhante ao ferro, além de conseguir paralisar seus oponentes por cinco minutos após o feri-lo. Com o passar do tempo, sua arma poderá envenenar sua vítima, com venenos não letais, mas que fazem sua vítima desmaiar e tem a durabilidade semelhante ao aço.(🔒) Chamas negras — Inicialmente, a prole é capaz de manipular, gerar e moldar um tipo próprio de chamas criado por seu pai, estas chamas possuem uma coloração semelhante à noite. Sendo extremamente quentes, podem afetar a alma de seu adversário. Os filhos de Thanatos, são capazes de conjurar em pequena escala essas chamas, podendo criar constructos através delas (bolas de fogo sendo a mais comum) e as arremessar nos oponentes, podendo disparar pequenas rajadas de fogo negro em seu adversário. Com o passar do tempo, a prole agora é capaz de fazer projeções através dessas chamas (podendo criar espadas e escudos) e essa habilidade se desenvolve ainda mais, podendo gerar feixes de fogo destrutivos e de longo alcance.

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extras.

ooc notes.

general: player +18!!! não tenho gatilhos específicos, apenas sinto desconforto com cenas gráficas de abuso sexual, gore extremo e suicídio. não misturo ic e ooc, caso nossos personagens se envolvam de forma boa ou ruim, será algo totalmente entre os chars. costumo conversar quando alguma atitude me deixa desconfortável, então entrarei em contato pra resolver.about playing: temas que terei interesse em plotar com o gabriel: angst, romance/smut (apenas com players +18), crack, fluffy e friendship. ele tem uma personalidade muito easy going, mas pode ser bem esquentadinho às vezes. pretendo jogar muito com ele, então tô afim dos mais variados plots possíveis.disclaimer: uma coisa óbvia, mas que sempre é necessário repetir: o gabriel é só um personagem criado por mim e as ações/falas dele não me representam como pessoa. tendo qualquer problema, peço que me chame em ooc pra conversar e esclarecer os fatos pra resolver da melhor forma possível. erros poderão acontecer, sinta-se livre pra falar comigo sobre isso também e à vontade para interagir.

wanted connections.

bff (besties4eva): gabriel e alex se conhecem há quatro anos, desde o dia em que o hwang foi parar no halfblood. a cômica amizade começou quando alex, animado por ter um amigo da mesma etnia, começou a tagarelar em coreano e deixou gabe com cara de tacho por não saber nadinha da sua "língua materna". apesar da confusão, depois disso nunca mais se desgrudaram e são como carne e unha.scared: Em uma aula de defesa pessoal, gabriel conhece um novo aluno que está interessado em aprender a se defender. Eles se ajudam durante as aulas e começam a sair juntos, compartilhando informações e amizade.butterfly: muse é um dos melhores amigos de gabriel. com a ida do rapaz para o acampamento, muse se dispôs a ajudá-lo a conhecer tudo e a se adaptar pelo camping, já que não conhecia absolutamente nada. desde então, se aproximaram mais e uma amizade nasceu, sendo muse seu porto seguro.secret sauce: muse é a razão para o famoso "gay panic" de gabriel. hétero até que se prove o contrário, o coreano demorou um tempo para se assumir bissexual. foi apenas há dois anos, quando conheceu muse. estavam num rolê e beijo foi muito rápido, mas o suficiente para gabe admitir que também gostava de garotos. hoje em dia, são amigos (com benefícios ou não) e tem uma relação bastante confortável e de confiança. only m.doom du doom: muse foi parar na diretoria(?) junto com gabriel por fazer arruaça no camping. muse tirou graça com a cara do professor, que os manteve ali até a chegada do superior. a razão de tudo isso era porque muse estava bêbado e não se lembrou de nada no dia seguinte. isso acabou fortalecendo a amizade com o hwang, que faz questão de rir da situação até hoje.super chic: resultado de sua primeira noitada após se mudar para o halfblood, muse acordou ao lado de gabriel sem nem saber como. não se lembram exatamente do que fizeram, mas não foi a última vez. a amizade começou com um arco-íris enorme a colorindo, garantindo encontros casuais e até uns chamegos de vez em quando.disharmony: não se sabe o porquê, mas muse e gabriel vivem em pé de guerra. sempre que se encontram, acabando discutindo sem motivo algum. sempre implicam um com o outro, mas não param de se esbarrar "sem querer". estão sempre competindo e até acham que vão se entender, mas começam a brigar de novo.that'$ money: Durante uma aula de luta livre, o filho de Tânatos enfrenta um semideus rival. Depois da luta, eles acabam conversando e descobrem que têm interesses em comum, formando uma nova amizade, cheia de implicâncias e diversão.do it like this: cansado de suas "visões", gabriel decide passar o final de semana nas noitadas de amsterdã. muse o encontra jogado na calçada de um dos estabelecimentos e acaba cuidando do menino, passando a ter um papel importante na vida do mini querido irresponsável.wanted prompts: i. você discou o número errado ao estar bêbado e acabou enviando mensagens com conteúdo duvidoso para gabriel. ii. vocês estavam em um encontro às cegas e ele terminou cuspindo a água que bebia em você. iii. você confundiu gabriel na balada e o cumprimentou com um beijo. iv. hwang estava sonolento e acabou te "atropelando" sem querer. v. você confundiu gabriel com alguém e lhe deu um soco no nariz, vendo depois que ele não era quem merecia.

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• twitter.
• selfparas.

#theotaskpegasus. • what if...? • #theomission01. • coming soon. • coming soon. • coming soon. • coming soon. • coming soon. • coming soon. • coming soon. • coming soon. • coming soon. • coming soon. • coming soon. • coming soon.

Trigger warning: luto, drogas, morte da mãe.O dia de Gabriel havia começado de forma caótica. Precisa domar um pegasus, mas não tinha habilidade nenhuma com aquilo. Lucy, sua instrutora, tentou o ajudar durante a manhã toda, mas Gabriel não obteve sucesso. Quem diria que domar um cavalo fosse tão difícil? Nem oferecer as frutas mais docinhas fez efeito. Haku, como decidiu chamar seu alazão branco, era tão introvertido que sequer olhava para a cara do semideus. De saco cheio, decidiu tirar uma pausa para o almoço. Estava cheio de fome e um pouco chateado por ser um inútil que não conseguia nem ao menos se comunicar com o cavalo.Quando achou que nada poderia ser mais frustrante, a vida provou que podia sim. Estava jogado no sofá do chalé Antares quando um grupo composto por filhos de Éris e Hades passou por ali. O Hwang era muito sociável e tinha consciência da sua fama de palhaço, gostava de sempre zoar e brincar com os outros; só que nunca usava o ponto fraco delas para tais brincadeiras. Não sabia se havia sido de propósito, mas um deles começou a tirar com a cara do coreano e perguntar sobre os espíritos que via. Até aí tudo bem, mas quando começaram a rir e dizer o quão bizarro deveria ser ver a própria mãe morta. Perguntaram se ele ainda a via, se conseguia ouvir seus murmúrios e isso tudo deixou o moreno muito abalado. Incapaz de reagir, apenas saiu dali às pressas.Sem fome, decidiu voltar aos estábulos. Sentou-se na frente de Haku e suspirou, aproveitando que não tinha ninguém por ali. Então, uma lágrima escorreu pela sua bochecha e o garoto se permitiu ser fraco mais uma vez.— Acho que você não vai se importar se eu desabafar com você, né? Sinceramente, nesse momento, você é o único capaz de me ouvir que não vai me julgar. Pelo menos é o que eu acho, né… - deu de ombros, se sentindo maluco e um tanto patético por estar falando com um pegasus. Quando Gabriel começou a falar, foi impossível parar.“Quando eu tinha doze anos, minha mãe faleceu. Ela estava doente e não tinha me contado. Ela era a única pessoa que eu amava e confiava. Ninguém faz ideia do quanto foi doloroso saber que ela estava com problemas, mas omitiu isso de mim para me proteger. Ah, se eu soubesse, Haku… eu teria aproveitado muito mais tempo com ela. Teria sido um bom filho, teria a amado mais e teria feito com que ela fosse mais feliz. A perda dela foi insuportável e, durante anos, eu vivi em um estado de constante tristeza e isolamento. Me afastei de tudo e virei a porra de um drogado. Eu sei que eu fiz merda, mas que escolha eu tinha? Eu era apenas uma criança perdida em um mundo cheio de pessoas mal intencionadas. Mas essa não é a pior parte, sabe?Um dia… um dia ela veio me visitar do mundo dos mortos. Ela tentou falar comigo, Haku. Eu a vi, mas recusei tocar nela e ouvir suas palavras. Eu tive a oportunidade de falar com a mulher que eu mais amava no mundo e eu joguei fora. Eu estava traumatizado, esgotado, perdido e assustado. Eu pensei que… eu pensei que ela viria de novo. Eu jurei que não seria a última vez. Eu só não estava pronto pra aceitar que ela tinha partido pra sempre.Eu me sinto um lixo todos os dias por isso e eu tenho esperança de que um dia ela virá até mim novamente. Eu sinto saudade dela, Haku. Há tantas coisas que eu daria a vida para poder dizer a ela… eu só queria ter sido mais maduro e ter feito isso naquele dia. Agora eu sou apenas um idiota que chora por ter sido um fracote.”Enquanto falava, Gabriel chorava como uma criança. Escondeu o rosto no meio dos joelhos, abraçando as próprias pernas enquanto soluçava. Se sentia a pior pessoa do mundo e talvez fosse. Foi então que em meio aos seus prantos, sentiu a respiração quente de Haku em sua nuca. Levantou assustado e foi quando o cavalo encarou seus olhos e abaixou a cabeça, indicando que o semideus poderia montar em si. O coração do rapaz quase explodiu com o gesto do animal, acabando por abraçá-lo durante um longo minuto enquanto repetia a palavra obrigado.Se recompôs, limpando o rosto e ajeitando-se para subir nele. Ao estar montado, Gabriel chamou por Lucy para que pudessem voar. Havia se sentido acolhido de verdade e a partir daquele momento, prometeu ser o melhor para Haku. Iria cuidar dele enquanto estivesse vivo. Se emocionou ao estar nos ares, respirando fundo enquanto o vento batia em seu rosto. Silenciosamente, o filho de Tânatos rezou pela alma de sua mãe. “eu te amo, mãe.”

TW: menção ao suicídio e tristeza profunda. Esse selfpara pode ser muito pesado, então se você tiver o mínimo gatilho possível com esse tema, não leia.Quatro da manhã e Gabriel ainda não tinha dormido. Pensar demais acabava afetando o seu sono. Não sabia explicar o que estava acontecendo consigo, só sabia que era ruim demais e sentia-se pesado pra caralho. Em sua mente, só conseguia passar e repassar a pequena situação com seu melhor amigo.“— Você não quer conversar, Alex? Pode me dizer qualquer coisa.- o coreano perguntou ao amigo antes de sair do quarto, na manhã em que ele havia sumido.— Eu estou bem. - o garoto respondeu sem nenhuma emoção, como se estivesse em um mundo somente dele e que ninguém mais conseguiria entrar.”E então Alex sumiu. Sem dizer nada. Exatamente igual a sua mãe, que morreu sem dizer nada. Não sabia que aquilo poderia ser um gatilho para si, mas não conseguiu evitar os pensamentos intrusivos que vieram em sua cabeça quando pensou melhor no assunto. Então começou a se sentir insuficiente, começou a pensar que não era confiável. Porra, as pessoas que ele mais ama sempre davam um jeito de não contar o que estava acontecendo para si. Se era tão importante como diziam, por que nunca contavam com ele? Gabriel se sentia um merda e o que eram apenas pensamentos sutis sobre inseguranças, se tornou uma bola de neve. De repente, se viu de volta aos seus doze anos de idade.“— Garoto! Ei, ei, ei! O que você está fazendo? - a voz grossa falou consigo, mas Gabriel não sabia de onde vinha. A única coisa que importava para si eram os remédios em sua mão e a dose certa para nunca mais ver o sol nascer novamente.— Eu vou morrer. - respondeu simples, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. O sentimento de culpa e de não ter sido confiável o suficiente para sua mãe contar que estava doente assombravam o garoto muito mais do que qualquer alma penada.— Você tem certeza? Olhe para mim. Isso não é o destino de ninguém. Viver como uma alma perdida por não ter encontrado a sua paz é revoltante. É um sentimento destruidor. - e então, curioso, Gabriel se virou. Ficou em choque e assustado com o que viu, deixando o frasco de analgésicos cair no chão. Os olhos da criança brilharam de medo, encarando o que era para ser um rosto. — É, eu atirei em mim mesmo. Não fique tão chocado, as pessoas fazem o que podem para se livrar da dor, mas não acho que você deva fazer isso, Gabriel. - a alma falou.— Mas eu… eu não sirvo pra nada. Nem um bom filho eu pude ser. Minha mãe não confiou em mim. - falou chorando. Era apenas uma criança tentando lidar com o fato de estar sozinho no mundo.— Você é muito mais do que pensa ser, Gabriel. Sua mente vai te sabotar, mas não seja fraco. A culpa da morte de sua mãe não foi sua, você não poderia ter feito nada para ajudá-la. - falou enquanto o garoto recolhia os remédios no chão e os enfiava na boca. — A escolha é sua, fique à vontade para me fazer companhia e a mais um monte de almas em sofrimento por aqui. Minhas últimas palavras serão: viva, Gabriel, viva. - dito isso, o cômodo ficou em silêncio novamente e o jovem não viu mais nada. Respirou fundo e cuspiu os comprimidos, desistindo daquilo.”Alguns anos se passaram e agora aqueles pensamentos estavam de volta. Será que morrer não era a única opção? Já era um inútil mesmo, talvez não fizesse falta. Os pensamentos ruins lhe corroíam naquela madrugada, mas nenhuma lágrima fora derramada. Gabriel continuava perdido, mesmo depois de achar ter se encontrado naquele acampamento. Não sentia que tinha realmente um propósito como semideus. Não se sentia bom o suficiente.A imagem da alma que encontrou quando mais novo nunca saiu de sua cabeça e muito menos as suas palavras. Por mais que pensasse no fim, nunca tinha coragem para de fato alcançá-lo. Enquanto isso, tentava seguir a vida e sempre fingir que estava tudo bem, disfarçando a sua tristeza com palhaçadas enquanto esperava, no fundo, um dia se livrar disso e de fato ser suficiente para quem ama.

tw: nenhum, eu acho.Ansiedade, nervosismo e medo eram as três sensações que Gabriel sentia assim que montou o seu pegasus. Haku sentiu a energia negativa do rapaz e tentou o tranquilizar com o olhar, mas não funcionou. Ajeitou o uniforme de batalha e respirou fundo, esperando para levantar voo e seguir com os demais para o portal de Hécate. Dakho, Lucas, Bibi, Yujin e Megan eram os seus companheiros naquela missão perigosa e esperava de coração que eles não fossem os últimos a ver na vida.Um frio congelante tomou conta de tudo assim que se viu do outro lado do portal, chegando até a se desequilibrar do cavalo quando uma rajada de vento o antigiu. Estava com muito receio do que encontrariam, mas agora já não podia mais voltar atrás. Precisava ser corajoso porque não estava sozinho, era seu dever ajudar e proteger seus companheiros. Estava disposto a fazer de tudo, até mesmo a arriscar sua vida se fosse preciso.Assim que chegaram, o primeiro instinto do professor que os guiava foi se reunir em um local seguro para traçar uma estratégia que os faria concluir a missão e sair com vida. Com dois grupos divididos, Gabriel ficou entre os informantes, que estavam responsáveis pela procura de almas perdidas por ali. Gabriel saiu em busca, usando a sua habilidade de pressentir a morte como guia para os ajudar. Ao encontrarem os espíritos vagando por ali, o grupo de semideuses não perdeu tempo em extrair o máximo de pistas que podiam. Com isso, descobriram que ainda havia um sobrevivente no ninho das aves e que elas eram muito sensíveis às flechas envenenadas.Ao retornar para o ponto de encontro, mais estratégias foram planejadas. Gabe passou a noite inteira sem conseguir pregar os olhos, ansioso demais e com medo. Podiam ouvir o barulho das feras e isso fazia seu coração palpitar de medo. Tentava ser forte e estava ainda preocupado com Alex e Meiling, que tinham ficado em outras equipes, longe de si. Olhou para a pulseira que usava, a tocando para lembrar-se de quem havia lhe dado; algo que acalmou seu pânico por hora. Precisava voltar vivo, havia prometido a Vis. Pensava nisso quando o sol nasceu, fazendo com que todos se levantassem para lutar. Não tinha como fugir agora.Decidiram lutar primeiro com o macho, que protegia o ninho e sua fêmea. Montado em seu pegasus, Gabriel ficou na retaguarda com um dos arcos e castanholas nas mãos. Atordoou a ave, atirando uma flecha envenenada em seu corpo sem que as asas de metal atrapalhassem. Ao mesmo tempo, drenava sua energia para acordar e atrair uma pequena orda de almas para auxiliar os colegas que estavam no ataque. A neblina atrapalhava um pouco a sua visão, o que fez com que ele fosse atingido pela asa do bicho e jogado para longe de Haku. Se levantou instantes depois com o corpo dolorido, mas não desistiria facilmente. Como estava na defesa, jogou o arco para quem fosse fazer um melhor uso e voltou a montar no cavalo, voando para perto da ave e usando as castanholas sem nenhuma dó para a enfraquecer.Não foi inocente de pensar que seria fácil após matarem o macho. Assim que a fêmea percebeu que seus ovos estavam envenenados, consequência do ataque de Lucas no ninho, ela ficou maluca e muito mais irritadiça que a outra ave. O coreano continuou na posse das castanholas, as usando enquanto podia. Haku estava cansado, por isso vacilou e foi atingido certeiro pelo bico de metal, causando um ferimento profundo em seu braço esquerdo. Ignorando completamente a dor, Gabriel continuou drenando sua energia para invocar mais almas do que era capaz. Sentia-se esgotado, mas não podiam parar. Estavam cada vez mais perto. Àquela altura, o menino somente fazia o que dava na telha. Protegia quem precisava, apanhava pelos colegas e lutava como se fosse a última coisa que faria no mundo.Com seu físico todo fodido, o Hwang conseguiu invocar uma última leva de almas antes de sentir todo o seu corpo enfraquecer. Esperava ter ajudado porque foi só ao quase desmaiar que viu o ave cair sem vida ao lado da outra. Tossiu, sentindo seu corpo todo dolorido enquanto se aproximavam do ninho. O responsável pelo resgate acabou sendo o professor, que levou o semideus sobrevivente para o lugar seguro em que passaram a noite. Estava cansado demais para dizer qualquer coisa, então apenas se encostou e fechou os olhos enquanto os ferimentos ardiam e doíam.Com tudo certo para a volta, Gabriel montou em Haku e seguiu o grupo. Quando estavam bem perto de chegar, deu falta de uma integrante. Bibi. — Professor, preciso voltar! A Bibi não veio conosco! - gritou já dando meia volta no ar, voando de volta àquela montanha. Ao chegar, viu a semideusa deitada ao lado de seu pegasus. Provavelmente nem chegou a conseguir montar. — Porra, porra, porra. - xingou enquanto descia para a ajudar. Com ajuda do familiar de Bibi, Gabe conseguiu desprender a menor das plantas que haviam brotado ao seu redor. Amarrou o cavalo dela ao seu para que voassem juntos e a pegou no colo, tirando forças do além para a colocar em cima de Haku e subir também. Não sabia se chegaria a tempo, mas não custava tentar.Quando avistou o portal de Hécate, ele estava piscando como se quisesse falhar e isso indicava que não faltava muito para ficarem presos ali. — Vamos, garoto, você consegue. - incentivou seu pegasus, indo o mais rápido que podia. Exatamente dez segundos antes do fechamento, Gabriel atravessou com Bibi. Ao pousarem, desceu completamente sem forças do cavalo e acabou por cair na grama com a loira nos braços. Alguns semideuses que não haviam participado da missão estavam ali para auxiliar os guerreiros e acabaram levando os dois para a enfermaria.Gabriel não estava nenhum pouco orgulhoso de si. Voltou se sentindo ainda pior. Sentia que não tinha feito o suficiente, que poderia ter ajudado mais. Estava completamente perdido em seus pensamentos, ainda ouvindo os gritos das aves no fundo de sua mente. O choro veio sem aviso prévio, numa junção de dor física e mental. Sabia que Tânatos nunca falaria consigo porque era uma vergonha para si ter um filho tão fraco e incapaz de encarar uma missão daquelas. Não o culpava, também teria vergonha no lugar dele. Sempre seria insuficiente.